OJÚ-INÚ, do iorubá, traz um olhar que vem da compreensão de dentro para fora e, por isso, não é óbvio e se torna único.
Essas imagens são resultado de um processo natural de pesquisa e observação, mas acima de tudo, de vivência. Passando de observador a iniciado, esse olhar se tornou possível.
Esse trabalho em andamento joga luz no que precede aquilo que é de conhecimento geral. Uma religião tão complexa e que se manifesta nas coisas mais simples. Os afazeres cotidianos, os múltiplos sentidos de suas raízes, folhas, sementes, comidas, cantos e danças, que abastecem os corpos e os espíritos. Essas imagens contribuem para a construção de um contraponto às imagens espetacularizadas que compõem o repertório imagético vigente esperando, assim, contribuir para a desconstrução do imaginário preconceituoso que ainda persiste sobre o candomblé.